terça-feira, 18 de agosto de 2009

Ahan...



Essa é uma das respostas que dou quando não acredito no que falam e não quero ser engraçada, mas também não quero ser grossa. Não que eu só use nesse sentido, não necessariamente! Bem, melhor explicar um pouquinho sobre o uso dos meus “ahans”.


O “ahan” seguido de uma exclamação tem sentido de “sim!”. O seguido de três tem o sentido de “sim, sério mesmo!!!”, de quatro em diante é quase um delírio afirmativo!!!!!!!


O “ahan” seguido de reticências pode ser bom ou ruim... O uso bom é quando estou prestando atenção em uma história, interessada em uma conversa, ou escutando opiniões sobre variados assuntos. Ele significa “sim, prossiga...”. O uso desse "ahan" fica claro, pois vem comumente seguido por um "conta logo, porra!", que demonstra total interesse no assunto.


Em contrapartida, tem um “ahan” seguido de reticências que não funciona assim, é o "ahan" ruim. Ele realmente quer deixar algo vago. Ele tem uma continuação intrínseca, confirmando que existe sim uma desconfiança no ar. Ele costuma aparecer em resposta a fatos que sei que não vão acontecer, algo sobre dúvidas quanto a sentimentos, ou algo que sei que não é verdade. Ele não requer continuação. Esse simples "ahan...” basta para expressar e deixar nítido tudo que estou sentindo no momento, pois ele vem logo após frases que pedem outras respostas, frases essas como: " Vou te ligar, pois vou ficar louco se não escutar a sua voz" (Ahan...), " Você não faz idéia de como sinto sua falta" (Ahan...) ou "Se você soubesse como é importante para mim..." (Ahan...).


Sei que após essa explanação, não cabem mais explicações sobre o uso desse "ahan" ruim, mas se fosse para colocar alguma continuação depois das reticências, seria algo do tipo: “ Ahan... e as vacas voam!”.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Ele!

Ontem à noite, quando voltava para casa, depois de um feriadão com cara de fuga e poucos amigos, fui observando a água que batia no vidro do carro e brilhava... Superpoético! É, tudo me levava à poesia naquele momento... Um livro triste nas mãos, uma pessoa que não saia dos meus pensamentos incontroláveis, aquela velha angústia de domingo à noite, os pesadelos recorrentes, que me fazem ter medo de dormir e, mais uma vez, a culpa de ter bebido xícaras e mais xícaras de café, o que me causa mais desespero que o normal: tira-me o sono e me causa medo! É, tudo indicava que seria uma noite muito longa... e foi.


Não quero escrever sobre o pesadelo, só posso dizer que dessa vez não foi com ondas, mas preferia que tivesse sido... Pelo menos já estou mais acostumada e saberia a hora de me balançar na cama para acordar. Quero escrever sobre o que pensei durante o caminho todo no carro... Sim... Ele! Ele que ocupou meu pensamento depois do susto do pesadelo, até o raiar do dia. Ele que quero esquecer, ele que faz sentir-me invisível. Por ele que sinto borboletas no estômago, que bebo café descontroladamente. É para ele que escrevo quando sinto o coração apertar. É dele que lembro num dia friozinho de chuva forte e vento barulhento, ou em um dia inacreditavelmente azul! Ele que me faz esquecer o que ia falar, que sorri e me faz largar tudo. Ele que faz com que eu me odeie por sentir que só ao lado dele tudo é mais colorido! Ele que nem sabe de tudo isso... Sim, só quero escrever sobre ele!

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Virginiana às avessas...


Além de ser bagunceira e desorganizada, acho que o que mais me faz desconfiar que meus pais me registraram com a data de nascimento errada, é a falta de preocupação com tudo! Sou desligada da vida, nem um pouco interessada em fazer tudo certo ou no momento exato... Sou totalmente desprendida de trabalho, de dinheiro e da perfeição acima de tudo. Não tenho facilidade para aprender, não sou metódica, não sou funcional, muito menos pragmática. Às vezes até chego a pensar que se eu realmente tivesse mais características do meu signo, minha vida seria muito mais fácil. Mas, como algum resquício tinha que permanecer, a única característica virginiana que realmente levo comigo é a de ter manias... Pensando bem, acho que isso não é exclusividade do Virgo...



(algum comentário que postei em algum canto...)

sábado, 9 de maio de 2009

Meu muito obrigada ao repolho!

Fiquei escolhendo as maçãs e observando aquela obra divina. Realmente parecia ter sido esculpido minuciosamente pelas mãos de Deus, sem pressa, sem erro... Podem até falar que a perfeição não existe, mas aquele ali, definitivamente, chegou muito, mais muito perto! Meus olhos subiram para tentar acompanhar todo aquele monumento. Precisava ser tão alto?! Para quê?! Para chamar mais atenção, simples! Deus pensa em tudo!


Quando dei por mim, já tinha pego maçã, banana, melão, caqui (odeio caqui), laranja e limão, tudo no mesmo saco... Naquele momento tudo era a mesmíssima coisa... Para quem tinha ido comprar mamão, qualquer fruta a mais, qualquer fruta a menos, só para ver aquele pitéu, realmente valia à pena. Meu olhar o acompanhou até a parte de verduras, larguei o saco de salada de frutas e o acompanhei. Tinha que chegar mais perto daquela beldade, ver se era de verdade, sentir o cheiro, ouvir a respiração, escutar a voz... Fui andando, tentando chegar o mais próximo possível. Em determinado momento nossos braços iriam se bater, eu escutaria o pedido de desculpas e daria o meu mais bonito sorriso acompanhado de um "Não foi nada!". No momento exato, quando os braços estavam prestes a se tocar, minha mãe grita... Kiwiiiiii!!!! Os dois olham para trás. Pelo menos agora ele já sabe meu nome, pensei pelo lado positivo. Minha mãe perguntou o que eu fazia ali, restou a mim inventar qualquer coisa.


- Vim pegar a alface que você pediu - respondi levantando a primeira verdura em forma de folha que minhas mãos encontraram.


Então, como em um filme de conto de fada, ele olhou para mim, sorriu e disse com aquela voz de fazer qualquer mulher se apaixonar:


- Isso aí é repolho, minha linda!


Bem... Minha noite já estava ganha de qualquer jeito, pelo menos ele olhou para mim e eu pude sorrir de volta! Melhor ainda foi ser ajudada por ele enquanto escolhia a alface, que nem queria comprar, mas que levei e comi com gosto!

terça-feira, 5 de maio de 2009

Uma carta nunca entregue...



“Saudade...”

Por que nunca dei importância para essa palavra quando era dita por você?! Talvez porque eu não acreditasse nela quando saia de sua boca direcionada a mim, ou simplesmente porque eu me forçava a não querer acreditar no que você dizia.


Eu sempre achei que tinha experimentado todos os gostos da saudade, tanto os bons quanto os ruins...Saudade dos vários amigos que deixei pelo caminho, dos lugares que morei, saudades de quando eram quatro pratos na mesa e não três. Saudade dos tempos de colégio, de quando a minha única preocupação era em passar de ano. Saudade do joelho forte, do punho firme, do basquete depois da aula, de andar de patins pela manhã no parque. Saudade das desilusões amorosas soluçadas nos ombros amigos, ou das tardes e mais tardes perdidas elaborando a famosa viagem pelo litoral brasileiro. Saudade das gargalhadas que arranquei, saudade de algumas lágrimas, de algumas brigas, saudade de beijos, saudade de abraços...


A saudade hoje foi muito estranha, foi um gosto diferente, foi saudade de algo que nunca tive... Foi saudade de você. Só então percebi o quão injusta fui, que duvidando ou não da sua saudade, não tinha direito de julgá-la simplesmente por ter medo de demonstrar a minha. Hoje, acho que só por castigo, senti saudade sua intensamente... E, mesmo com tantas coisas na cabeça que me forçam a não querer criar esperanças, tudo que desejei foi escutar um simples “também”, só para acalmar meus dedos inquietos, abrindo e fechando o email, esperando qualquer mensagem encaminhada que fosse, só para saber que pelo menos em um momento estive em seus pensamentos, ou para relaxar as mãos aflitas que seguraram um celular inutilmente, sabendo que não vibraria... Então lembrei de como fui insensível (para não dizer cruel) em não dizer que também senti saudade todas as vezes que você confessou... E que ainda sinto.