terça-feira, 12 de novembro de 2013

Mente Dormente...



Como é que dorme com esse rosto colado na retina? Será que some? Não, por favor... É a única coisa que peço... 
E se for para apagar, sono e bons sonhos para mim e para ele, com essa imagem ainda nítida...
A mente já ri, como se tirasse sarro e avisa que quando eu acordar tudo será apenas uma vaga lembrança e que ela, a minha mente dormente, já terá apagado qualquer resquício de sorriso...

sábado, 12 de outubro de 2013

O que você emana?


(imagem: google images)

Alguns maus sentimentos que muitos dizem ser vítima devem ser analisados com muita humildade. Quem se considera muito invejado pelos outros, tem tão presente esse sentimento em sua vida, que apenas sente o que transmite. Transforma elogios recebidos em troféus e se dá um valor tão alto que passa a enxergar qualquer crítica ou incompatibilidade de opiniões como inveja. 

A qualidade da energia não está apenas em quem a emana, está, também, no filtro de quem a recebe. Podemos receber a água mais pura possível, mas se o filtro estiver muito sujo, ou entope, ou contamina.


Limpemos nossos filtros.

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Desconsideração, patadas monstruosas e a minha memória boa.

(imagem: google image)

Como diz uma sábia mulher que admiro: Consideração de c* é rola! 

Às vezes achamos que a vida dá umas patadas monstruosas na gente sem avisar, mas não percebemos que ela já tentou nos alertar diversas vezes e de diversas formas. Insiste no erro quem quer.

Insisti, errei e estou sofrendo as consequências. Esperar consideração de quem não considera nem a si mesmo é pedir para levar muitas patadas monstruosas da vida.

Minha virtude é que aprendo rápido. Aprendi a responder descaso com indiferença. E o meu defeito é que nunca esqueço.

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Tempos difíceis...( ou Essas lágrimas não são minhas)


Não importa a cor do céu lá fora, não importa a cama aconchegante, o pão que está todos os dias sobre a mesa, a água fresca, a sombra. Nada disso importa quando o cinza vem de dentro e os olhos estão turvos de tanto desespero que escorre por eles. Nada alivia, nada conforta... Chegou o tempo que janelas altas são convidativas, frascos de remédios são chamarizes e mares revoltos oportunidades. 

| Esse texto foi desabafado em meu ouvido, apenas dei uma forma a ele...|

A Queda.


Então nós dois finalmente nos encontramos, mesmo que tenha sido lá do outro lado, onde as almas se encontram quando os corpos descansam. Criei coragem, falei com você, corremos de todo mundo, nos escondemos e quando achamos que tudo finalmente daria certo, caímos. Desmoronamos juntos, de mãos dadas naquele buraco escuro. Fomos enterrados vivos e nos soltamos... Sumimos um do outro. Procurei no meio de toda aquela lama que nos cercou, mesmo sabendo que não ia reencontrá-lo. Sabia que sairíamos de lá, mas sabia que não juntos. 

Acordei atordoada e, mesmo que minha alma pedisse, eu não chorei. Apenas entendi que não existe nenhuma perspectiva de final feliz quando a história envolve nós dois. 


|Escrito ao som de A Queda - Lobão |

Make them disappear.

(imagem: google images)

Pensamentos inconvenientes. Vontade de bater a cabeça na parede para eles desprenderem, caírem, quebrarem, saírem em forma de palavras e sangrarem nos meus textos todo o desespero que sinto. Quem sabe assim eles somem da minha cabeça e ficam presos apenas nos meus desabafos...


|Escrito ao som de Gimme Stitches - Foo Fighters |

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Filtros coloridos!

(imagem: google images)

Ao contrário da maioria das pessoas que esquecem que já foram criança e parecem ter nascido com vinte e tantos anos, tento manter a forma simples e bonita de ver as coisas. Claro que depois de quase 30 anos a ingenuidade não é a mesma, mas observar a forma que elas enxergam o mundo e os outros é tão fascinante que, se pudesse, manteria esse filtro nos meus olhos a maior parte do tempo. Só que algumas coisas que elas observam ainda me surpreendem muito. Tenho imã para crianças que tem esses filtros mais coloridos e fantasiosos que o normal, o que chega a ser engraçado. Elas costumam me ver com uma fisionomia muito diferente da forma que sou e isso costuma causar até beliscões e broncas dos pais, achando que é algum tipo de brincadeira infantil. Para me fazer entender, citarei alguns exemplos.

* Você é chinesa, mas você é preta.
* Seu pai é japonês, é? Por que você é japonesa?!
* Você pega ônibus, mas você é índia, tem que morar na floresta.
* Você é criança também?
* Temos que chamar alguém grande para entrar na piscina com a gente.

Não tentei nem entender, mas é realmente interessante saber como elas me enxergam. 

terça-feira, 4 de junho de 2013

Ajña

Algumas pessoas são abençoadas com a dádiva de "enxergar" de forma diferente. Deve ser por isso que os elogios feitos por elas são muitas vezes incompreendidos pela maioria, que acham que é deboche, sarcasmo, ou puro mau gosto mesmo. 
Essas pessoas enxergam a beleza fora dos padrões estipulados, parecem carregar uma energia diferente e conseguem enxergar a essência do que veem. Por isso não elogiam o que os olhos capturam e sim o que sentem. Percebem o que os outros não conseguem ver.

sábado, 1 de junho de 2013

O avesso do avesso do avesso do avesso...


Eu já nasci do avesso. O que os outros ocultam neles mesmos por considerarem fraqueza, em mim já nasceu exposto. O que eu escondo é o óbvio, o que não significa que é mais fácil lidar.

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Well, Well, Well...


Algumas pessoas não precisam de palco, holofote ou maquina de fumaça. Esse tipo de pessoa sabe bem o que quer, para quê veio ao mundo e não se preocupa muito em estar nos bastidores. Corre de um lado para o outro, faz tudo sair perfeito e pode comemorar de igual para igual no final, mesmo que não tenha sido o foco das atenções. Elegância a descreve, discrição a diferencia e educação a resume. Conversa de alfinete a avião. Tem uma graça ímpar e faz todo mundo calar para escutar, pois sempre acrescenta algo relevante.

Well, é isso... Eu o admiro!

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Olha, menino...


(imagem: google images)

A vida te fez lindo, foi generosa com você e com tudo que te compõe. Esse seu sorriso que parece iluminar todos os cantos que alcança. Esse seu olhar que invade de forma tão profunda, que parece enxergar a alma. Muitas vezes me segurei firme para não cair dentro desse convidativo misterioso castanho infinito, mesmo que a vontade fosse de me atirar com toda a força para sentir a intensidade que vem dele.

Sei que muitas vezes a vida toma um rumo que não sabemos se conseguiremos aguentar. As incertezas e as dúvidas nos desesperam tanto, que as saídas parecem não existir. Nossos objetivos parecem escorrer entre os nossos dedos e desintegrar no ar... Mas entre um desespero e outro existem sorrisos, existem amores, existem amigos, conversas, olhares, abraços apertados, silêncios significativos, momentos, esperanças, alegrias, experiências, saudades... VIDA!

O momento é de ser forte e encantador. Forte para continuar seguindo com fé e esperança, mesmo que o caminho pareça difícil. E encantador para ser uma pessoa melhor e tentar fazer com as outras pessoas o que muitas vezes não fazem com você.

domingo, 7 de abril de 2013

Se eu quero pixaim, deixa!




Há algum tempo resolvi assumir minha juba. Deixo meu cabelo no estilo “quanto mais alto e armado, melhor”.  Não me preocupo com vento, não me preocupo com chuva, não me preocupo com relaxamento... Também não me preocupo com a opinião dos outros, até porque não me diz respeito, gostem ou não, meus cachos revoltos permanecerão!

Só uma coisa me incomoda, não a ofensa em si e sim os que costumam ofender...  Justamente pessoas de cabelo crespo,  justamente os que descendem dos que lutaram pela igualdade na sociedade e contra o preconceito,  justamente os que deveriam se orgulhar e respeitar os que usam seus cabelos “duros” sem medo. Por que os que possuem os cabelos com as mesmas características que os meus são os que mais se incomodam com meus cabelos crespos e naturais? Realmente não entendo... Chega a ser irônico isso, pois eles não percebem que ofendem justamente o que são. Ridicularizam suas próprias características e tentam humilhar os que têm coragem de se assumir como realmente são.

Desde que passei a usar meu cabelo do jeito que ele realmente é, muitas foram às vezes que escutei piadas debochadas, humilhações e ofensas de pessoas que claramente alisam o cabelo... Eu sou negra, filha de negro e a maioria dos que me ofendem provavelmente tem descendência negra também e fico triste de saber que muitos se envergonham de suas características e ridicularizam os que têm NATURALIDADE suficiente para usar sem receio seus cabelos lindamente crespos.   

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Três linhas, dois anos e um texto.

(imagem: google images)

Passei uma hora olhando três linhas de uma mensagem de simples entendimento. Meus olhos colaram na tela e estacionaram lá, fixados em palavras cheias de significados, mas que não podiam fazer sentido para mim, não para o que não quero mais sentir... Só não conseguia entender o porquê daquilo ainda me abalar tanto. Por que ainda tenho que sentir essa sensação tão dúbia? A mensagem serviu como uma massagem no ego, mas veio acompanhada de um aperto no peito e culpa por sorrir ao ler... Alegria digna de repreensão. Felicidade momentânea que, no fim das contas e do dia, só causa arrependimento e raiva de ter, mesmo que por poucos instantes, criado falsas esperanças sem dar importância a tudo que passou.

Uma mensagem com um simples elogio e uma confissão comum de alguém que não sabe o que eu sinto. Vinda de qualquer outra pessoa eu leria e responderia agradecida, ficaria feliz pelo reconhecimento, mas vinda dele, não. Não posso mostrar para mim mesma o prazer da deliciosa sensação de ser lembrada por ele. As palavras dele, mesmo que despretensiosas, tem que me fazer pensar, repensar, lembrar, apertar, incomodar. São analisadas minuciosamente para tocar na ferida mais escondida e doer. As frases foram simples e claras, mas tirei leite de pedra, torci cada palavra juntamente com todo o sentimento que tenho guardado, para tirar todos os significados possíveis e impossíveis de algo que não deveria me prender tanto... Como forçar um coração machucado a não se iludir com palavras doces de quem lhe causou dor? Como desmerecer um elogio e uma confissão? Bem, eu consegui.

Elogio à plástica, à beleza mentirosa de alguém que, para o elogiador, só existe em imagens perfeitas e impalpáveis. Confissão de alguém para quem não existo somente no imaginário e na loucura, e sim nas lembranças de quem teve nas mãos e nada sentiu ou fez sentir, só estranheza, dores e dúvidas. Não sou e nunca serei o que as imagens mostram. Não sou uma foto que escolhi entre outras mil, simplesmente porque queria me mostrar mais bonita, não sou essas poses, silhuetas e jogos de luz. Sou aquela irreal aos seus moldes, sou imperfeita, sou aquela que não corresponde as suas expectativas e por tentar alcançá-las me torno algo que não sou.

Um sentimento de vazio me encheu naquela hora que se passou enquanto lia aquelas três pequenas frases. Frases essas que não teriam durado nem 5 segundos se tivessem sido escritas por qualquer outra pessoa, mas não foram. Era eu, a mensagem e minhas lembranças enchendo-me de esperanças irreais, mas o sentimento real ao ler e relembrar  de tudo era o de vazio. Ele cultua e elogia a única coisa que vê em mim.  O corpo está lá estampado nas imagens, lindo e perfeito aos olhos dele, escolhidas propositalmente por mim para esse fim: ser admirado. Mas ele insiste em não enxergar o todo. Mesmo com todas as chances que teve, nunca percebeu quem realmente sou.

(abril, 2011)

domingo, 31 de março de 2013

Suma depressa, por favor.

A partir de hoje não penso mais em você. Se não tenho atitude de assumir o que sinto, também não mereço ter você em meus devaneios. 

terça-feira, 19 de março de 2013

Duelo


Quando o dia não começa bem, já preparamos o terreno, fechamos um pouco o sorriso, nos escondemos...
Mas quando ele começa bem e, do nada, fica péssimo, ficamos naquele duelo, sem saber se é melhor sorrir ou fechar a expressão. O que acaba resultando no meio termo: uma estranha cara de bunda.

(em respeito a quem possa algum dia ler esse post, não colocarei nenhuma imagem de cara de bunda)

quarta-feira, 13 de março de 2013

Almoço, pinguim e a essência das coisas.

(Durante um almoço, na frente da televisão)

- Já começou o jornal?

- Não sei, estou assistindo Pingu...

Ele senta ao lado dela e, depois de uns 15 muxoxos vendo do que se trata Pingu, reclama:

- Não entendo como você consegue assistir isso. Que maldito pinguim aprende a tocar acordeom tão bem em um dia?

Ela olha com desprezo para ele e responde:

- O mesmo maldito pinguim que tem um acordeom!


Tem gente que não entende a essência das coisas... Não adianta explicar...

quinta-feira, 7 de março de 2013

Como aprender a ser forte?




Por algumas semanas senti um antigo prazer, prazer esse que não sentia há alguns bons anos, dez anos para ser exata. Viver sem dor é uma regalia que não possuo. Sofrer de dor crônica é como se apaixonar perdidamente e não ser correspondido. Às vezes a dor é tanta que achamos que ela nunca sumirá, outras vezes ameniza e respiramos um pouco mais aliviados, mas a dor continua ali presente.  A única diferença é que a paixão um dia acaba, já a dor crônica permanece. Essa sim é fiel! Faça chuva, faça sol, qualquer hora do dia, momentos felizes ou tristes... A eterna companheira.

A possibilidade que tive, mesmo que invasiva, de parar de sentir dor, me fez feliz por um breve período. Lembrei da sensação da felicidade completa e livre de poder fazer tudo. Da minha infância leve. De descer as escadas correndo o mais rápido que podia, pulando quantos degraus minhas pernas pudessem ultrapassar, ou não, com meu joelho eterno e meu tornozelo firme. As quedas eram uma questão de puro desequilíbrio causado pela pressa, pela agitação, pelo simples fato de poder correr e de ser imune a tudo, pelo menos até o momento do tombo... Mas, mesmo com os tombos, quedas, joelhos ralados, testa partida e queixo cortado, eu voava livre. Hoje, se Deus me perguntasse nesse exato momento o que estou achando de tudo, diria que fui muito feliz até a última vez que consegui voar sobre as escadas e teria parado tudo naquele instante. Teria parado na dor ingênua de criança. Na dor que eu sabia que tinha causado por correr demais, pular demais, aprontar demais, mas que podia chorar, gritar e espernear, porque  fazia sentido, porque era visível aos olhos. 

A dor de hoje é sim comprovada por exames, por inchaços, por cicatrizes, por passadas falseadas e desequilibradas, mas é tão inexplicável que chega a ser invisível.  E o choro dessa dor é contido, é escondido, é engolido. É um sofrimento que torna qualquer um impotente, porque, muita vezes, causa sensações ainda piores que a dor em si, causa incertezas e inseguranças... E nesse momento a dor passa de fator de impedimento para porto seguro. Torna-se a desculpa para o medo de não saber o que fazer com todas as limitações causadas por ela. A tristeza não é pela dor física e sim pela insegurança que ela causa. O medo não é de sentir dor - pois isso é rotina... - o medo é de não ser forte o suficiente, de não descobrir  a tempo como viver plenamente. Talvez eu nunca descubra, talvez meu aprendizado nessa vida seja esse...

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Falando por mim

A carência não fala por mim. Ela chora, esperneia, implora, mas o medo, mesmo vendo a vontade que transborda pelos meus olhos, tem a última palavra. Funciona como um seletor. Diz o "NÃO!" que sempre soa melhor para mim, que vivo cheia de incertezas. É o que engana o coração e se disfarça de sensatez. É o que parece pensar em mim a longo prazo... O Tempo se encarrega de todo o resto.