segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Eu e o Palhaço.

(foto: Túlio Noronha)

A figura do palhaço me incomoda, muito provavelmente, por pura identificação. Não tem quem me faça acreditar que embaixo de toda aquela pintura não tenha alguém tentando esconder um rosto triste, insosso e sem graça, para conseguir mostrar o que os outros querem ver. A diferença é que visto um sorriso...


(Essa linda palhacinha foi a única imagem que consegui encontrar e sentir confiança de que poderia voltar a ler esse post e não me assustar)

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Le Pendu


As cartas escondidas no fundo da gaveta bagunçada e uma mescla de arrependimento, vergonha e raiva por ter gasto todo o dinheiro que tinha para pegar ônibus até o final do mês com algo que não lhe seria mais útil... Não mais...
Riu sozinha com o pensamento bobo de entrar no ônibus e entregar "o enforcado" para o trocador e passar pela roleta, mas foi repreendida por um outro pensamento de que se pensasse coisas úteis como pensa em coisas idiotas, já seria milionária.

Sem chão



Aquele último sentimento de esperança que insiste em brilhar no coração se apaga por alguns segundos... O chão se abre e desistir nem é mais uma opção, é a realidade.

Sensação estranha de fim de mundo no peito... E talvez seja mesmo. Que comece uma nova vida, um novo eu, um novo tudo! Mas, por favor, que não seja do zero. Dessa vivência não quero levar nem as boas lembranças, que elas fiquem na memória dos que ainda querem se iludir. Quero apenas o sofrimento dos erros, das amarguras, das desilusões e da solidão, para que nunca mais sejam repetidos, ou para que eu já comece acostumada a isso.


(O brilho volta a piscar no peito e eu choro... Sinal de que a esperança voltou, mas até quando?)