segunda-feira, 10 de junho de 2013

Tempos difíceis...( ou Essas lágrimas não são minhas)


Não importa a cor do céu lá fora, não importa a cama aconchegante, o pão que está todos os dias sobre a mesa, a água fresca, a sombra. Nada disso importa quando o cinza vem de dentro e os olhos estão turvos de tanto desespero que escorre por eles. Nada alivia, nada conforta... Chegou o tempo que janelas altas são convidativas, frascos de remédios são chamarizes e mares revoltos oportunidades. 

| Esse texto foi desabafado em meu ouvido, apenas dei uma forma a ele...|

A Queda.


Então nós dois finalmente nos encontramos, mesmo que tenha sido lá do outro lado, onde as almas se encontram quando os corpos descansam. Criei coragem, falei com você, corremos de todo mundo, nos escondemos e quando achamos que tudo finalmente daria certo, caímos. Desmoronamos juntos, de mãos dadas naquele buraco escuro. Fomos enterrados vivos e nos soltamos... Sumimos um do outro. Procurei no meio de toda aquela lama que nos cercou, mesmo sabendo que não ia reencontrá-lo. Sabia que sairíamos de lá, mas sabia que não juntos. 

Acordei atordoada e, mesmo que minha alma pedisse, eu não chorei. Apenas entendi que não existe nenhuma perspectiva de final feliz quando a história envolve nós dois. 


|Escrito ao som de A Queda - Lobão |

Make them disappear.

(imagem: google images)

Pensamentos inconvenientes. Vontade de bater a cabeça na parede para eles desprenderem, caírem, quebrarem, saírem em forma de palavras e sangrarem nos meus textos todo o desespero que sinto. Quem sabe assim eles somem da minha cabeça e ficam presos apenas nos meus desabafos...


|Escrito ao som de Gimme Stitches - Foo Fighters |

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Filtros coloridos!

(imagem: google images)

Ao contrário da maioria das pessoas que esquecem que já foram criança e parecem ter nascido com vinte e tantos anos, tento manter a forma simples e bonita de ver as coisas. Claro que depois de quase 30 anos a ingenuidade não é a mesma, mas observar a forma que elas enxergam o mundo e os outros é tão fascinante que, se pudesse, manteria esse filtro nos meus olhos a maior parte do tempo. Só que algumas coisas que elas observam ainda me surpreendem muito. Tenho imã para crianças que tem esses filtros mais coloridos e fantasiosos que o normal, o que chega a ser engraçado. Elas costumam me ver com uma fisionomia muito diferente da forma que sou e isso costuma causar até beliscões e broncas dos pais, achando que é algum tipo de brincadeira infantil. Para me fazer entender, citarei alguns exemplos.

* Você é chinesa, mas você é preta.
* Seu pai é japonês, é? Por que você é japonesa?!
* Você pega ônibus, mas você é índia, tem que morar na floresta.
* Você é criança também?
* Temos que chamar alguém grande para entrar na piscina com a gente.

Não tentei nem entender, mas é realmente interessante saber como elas me enxergam. 

terça-feira, 4 de junho de 2013

Ajña

Algumas pessoas são abençoadas com a dádiva de "enxergar" de forma diferente. Deve ser por isso que os elogios feitos por elas são muitas vezes incompreendidos pela maioria, que acham que é deboche, sarcasmo, ou puro mau gosto mesmo. 
Essas pessoas enxergam a beleza fora dos padrões estipulados, parecem carregar uma energia diferente e conseguem enxergar a essência do que veem. Por isso não elogiam o que os olhos capturam e sim o que sentem. Percebem o que os outros não conseguem ver.

sábado, 1 de junho de 2013

O avesso do avesso do avesso do avesso...


Eu já nasci do avesso. O que os outros ocultam neles mesmos por considerarem fraqueza, em mim já nasceu exposto. O que eu escondo é o óbvio, o que não significa que é mais fácil lidar.