Muitos foram os dias em que eu esperei apenas uma janela se abrir. Dias lindos que eu poderia estar correndo pela cidade, aproveitando e procurando novas janelas. Dias tristes que eu poderia procurar um ombro amigo gritando embaixo de uma janela conhecida. Dias rápidos que não me davam tempo nem de reparar em janelas. Dias que custavam a passar, onde qualquer janela era a minha salvação. Quase todos os dias eu estava ali, esperando uma só janela, no mesmo lugar, mesmo que não pudesse estar ou mesmo tendo que inventar várias desculpas para justificar a minha presença ali, mas eu justificava, mesmo que com histórias repetidas, só para ter a oportunidade de vê-lo, de conversar com ele. Tantas janelas coloridas abertas e mais tantas outras que poderiam ter sido abertas, esperando apenas eu dizer um simples “oi”, mas só uma me interessava.
Às vezes os dias eram quentes, abafados, mas eu pouco me importava e esperava ali, sentada, com os olhos atentos. Algumas janelas se abriam e eu sentia meu corpo congelar, mesmo com aquele calor de amolecer asfalto, achando que poderia ser ele, mas não era. À medida que o tempo passava e não via o rosto dele na janela, a ansiedade aumentava. Eu levantava e andava de um lado para o outro, bebia copos e mais copos de água, só para tentar refrescar a cabeça que esquentava fantasiando mil situações que me deixavam louca. O estômago queimava tanto, que fazia arder tudo por dentro. A garganta arranhava e a voz ficava rouca só da vontade de querer gritar por ele.
Vários foram os dias em que ele não apareceu e eu chorei um pouquinho, sem querer perceber que a luz tinha que partir de fora da janela e não de dentro. Mas para mim o sol estava naquela janela e a luz só surgia quando ele a abria. Algumas vezes o via na janela, ocupado, e observava de longe até ele falar comigo. Outras vezes ele abria a janela e só de vê-lo sorrir meu corpo se derretia e me sentia realizada, simplesmente por saber que teria alguns instantes de sua atenção. Outras vezes ele estava, mas fingia não estar, e eu permanecia ali, esperando... Às vezes eu não agüentava e falava tímida, pouco e baixinho, só para mostrar que estava ali. Outras vezes eu fingia que estava só por estar e que nosso encontro tinha sido uma obra divina, mas não era... Não tinha nada de divino, era somente eu, uma simples mortal que passava horas e horas esperando o sol quando ele abrisse sua janela.
Às vezes os dias eram quentes, abafados, mas eu pouco me importava e esperava ali, sentada, com os olhos atentos. Algumas janelas se abriam e eu sentia meu corpo congelar, mesmo com aquele calor de amolecer asfalto, achando que poderia ser ele, mas não era. À medida que o tempo passava e não via o rosto dele na janela, a ansiedade aumentava. Eu levantava e andava de um lado para o outro, bebia copos e mais copos de água, só para tentar refrescar a cabeça que esquentava fantasiando mil situações que me deixavam louca. O estômago queimava tanto, que fazia arder tudo por dentro. A garganta arranhava e a voz ficava rouca só da vontade de querer gritar por ele.
Vários foram os dias em que ele não apareceu e eu chorei um pouquinho, sem querer perceber que a luz tinha que partir de fora da janela e não de dentro. Mas para mim o sol estava naquela janela e a luz só surgia quando ele a abria. Algumas vezes o via na janela, ocupado, e observava de longe até ele falar comigo. Outras vezes ele abria a janela e só de vê-lo sorrir meu corpo se derretia e me sentia realizada, simplesmente por saber que teria alguns instantes de sua atenção. Outras vezes ele estava, mas fingia não estar, e eu permanecia ali, esperando... Às vezes eu não agüentava e falava tímida, pouco e baixinho, só para mostrar que estava ali. Outras vezes eu fingia que estava só por estar e que nosso encontro tinha sido uma obra divina, mas não era... Não tinha nada de divino, era somente eu, uma simples mortal que passava horas e horas esperando o sol quando ele abrisse sua janela.
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