segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Feliz 2011!!!

(Dia 01/01/2011 Primeiros raios de sol de um Novo Ano!) 

Agradeci ao pular as sete ondinhas, ao colocar as flores no mar e sussurrar baixinho só para Oxum e Iemanjá me escutarem. Agradeci mesmo sem ainda ter acontecido, mas assim o fiz porque é o único tempo que a eternidade conjuga e os anjos entendem. Obrigada por me fazer esquecer.

Apesar de ter pedido para esquecer, entrei o ano lembrando, mas não da forma melancólica que costumava lembrar, tentando me martirizar por  todos os erros que já cometi. Lembrei dos porquês, das razões, do sentimento que não existe nas palavras vazias que acreditei, e sim em um coração machucado, cascudo e difícil, se forçando a acreditar que foi só uma brincadeira, que aquela história não daria certo... Mas essa não sou eu, eu sou sentimentos, eu sou verdadeira, eu acredito em tudo que sinto, em tudo que beijo, em tudo que me entrego, em tudo que amo... Então por que achar que foi brincadeira?

Era eu misturada na areia, água salgada, nascer do sol e em perguntas se metamorfoseando em minha mente: Vai ser sempre brincadeira? Eu sou de brincadeira? Por que quero transformar meus sentimentos em brincadeira? Eu na areia cavando um buraco que se enchia de água salgada, que se enchia com a luz de um novo ano. Primeiros raios de sol de uma nova vida, vida essa que não quer que eu me leve tão a sério, mas que também não quer que eu me leve sempre na brincadeira, usando como desculpa para mim mesma que não posso sofrer porque é tudo somente uma diversão. A areia, o buraco, a água e minhas mãos me ensinando a dosar o que deveria ser tirado ou mantido para não desmoronar. A quinta hora de um novo ano me ensinando a manter-me firme, sem precisar mentir sobre meus sentimentos, mas deixando claro que a qualquer momento pode chegar uma onda e fazer desmoronar...

“Lá se foi minha construção”, pensei enquanto a água inundava algo que já tinha se transformado em poça. Ri de mim mesma sem saber o que fazia ali cavando e pensando. Deitei no que antes era um buraco e agora era uma larga poça invadida pelas águas. Senti a areia, senti a água, rolei até não sobrar mais nada, nem coração partido, nem questionamentos, nem pensamentos, nem poça. Ri para o novo ano que começava enquanto me transformava em água, areia, raios de sol, sorrisos... Ri tanto que só lembrei de esquecer!

2 comentários:

  1. Que venha o novo ano então!
    Que venha a vida nova!

    Que as lembranças construam na nossa praia...castelos de areia tão fortes que nem o mar seja capaz de invadir!

    Ótimo texto!

    Grato pelas palavras! Me fizeram bem.

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  2. Obrigada, Flávio! É sempre bom saber que minhas palavras fizeram bem a alguém!

    Feliz Ano Novo!
    Feliz Vida Nova!

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